
Giorggio foi degolado com uma corda de piano. O aço ainda estava no entorno de seu pescoço e sob a pele embebida em sangue. Por toda a sua volta uma imensa poça de sangue. O olhar doce do amigo se transformara em um súplico por oxigênio. O corpo ainda estava quente. Jota Carlos se apoiou no policial que o conduzia para não cair. Estava tomado de náuzeas e dor. Não conseguia se manter de pé e dobrou os joelhos até apoiá-los no chão. O grito não saiu de sua garganta. Apenas um rumor. Não conseguia crer no que via. E foi com este sentimento que foi conduzido pelo policial para outro quarto, onde lhe aguardavam o consul brasileiro na Itália e o chefe de investigações da polícia italiana.
-Jota Carlos, como está? Você quer um advogado? disse Márcio Moreira Cunha, o mais antigo membro da diplomacia brasileira ém Roma.
-Estou bem, obrigado. Que horror houve aqui? quem fez isto? Porque?
-Estas são as respostas que buscamos senhor, disse o chefe de investigações.
-Preciso ir ao banheiro, por favor.
-Pode ir
Jota Carlos não tinha idéia do que dizer ao policial. Tudo estava confuso e tomado de dor. Alguns minutos no banheiro, sozinho, seriam fundamentais naquele momento.

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